quinta-feira, 27 de junho de 2013

O PAPEL DA IGREJA NA SOCIEDADE




O PAPEL DA IGREJA NA SOCIEDADE - considerando a sócio-visão de Jesus

    Jerry R. O´ Dell, em seu livro “A Gloriosa Oportunidade da Igreja”, afirma que o Corpo de Cristo deve ser capaz de avaliar o que é bom e o que é ruim. Deus deixou muito claro o propósito que todos tivessem o conhecimento, que a ausência do mesmo seria o caos para a humanidade. A gloriosa oportunidade da igreja - declara O´ Dell - consiste no fato de ter sido comissionada a realizar uma tarefa neste mundo que jamais terminará. A sociedade, embora a cada ano que passa, tenha mais acesso à informação secular, ainda sofre devido à carência do conhecimento de Deus.  
    Questionamentos como: a igreja está influenciando a sociedade, ou a sociedade está influenciando a igreja? A igreja é um Organismo ou uma Organização? Como a igreja se relaciona com a sociedade? Que modelo tinha Jesus para sua igreja? Fazemos parte da igreja ou somos a igreja?
    Estas e outras questões tem sido motivo de uma renovação na diretriz eclesiástica,  partindo de premissa que precisamos fazer a diferença aqui na terra. Portanto, somos convidados a olhar para a sociedade e descobrir de que forma nos manifestaremos como filhos de Deus.

    Devido à relevância do tema, a idéia é proporcionar uma reflexão acerca da verdadeira função da igreja na sociedade, relembrando os ensinos e exemplos do seu fundador: Jesus Cristo.

O significado da palavra IGREJA
    Diferentemente do que muitos interpretam, Igreja não é um edifício construído com blocos e cimento. É um edifício construído com pedras vivas. "Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo" (1 Pedro 2:5). Estas pedras vivas são chamadas santos e são membros da família de Deus: "Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; na qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito"(Efésios 2:19-22).

    A palavra grega traduzida como "igreja" significa literalmente “chamada para fora”, e assim se refere a um grupo de pessoas chamado para sair fora do pecado do mundo para servir ao Senhor, ou ainda, pode-se compreender esse grupo chamado para alcançar os perdidos que estão lá fora.  A igreja não é nenhum tipo de instituição ou objeto impessoal. É um corpo constituído de componentes vivos. Como um organismo vivo, a igreja pode sentir medo (Atos 5:11), pode orar (Atos 12:5) e pode falar (Mateus 18:17). Pessoas que são chamadas para saírem do pecado não continuam participando do mal do mundo, porque elas estão santificadas ou separadas do pecado ( João 17:14-23; Colossenses 1:13; 1 Pedro 2:9; 1 João 4:5-6). Deus chama o povo para deixar o mal deste mundo através da mensagem do evangelho (2 Tessalonicenses 2:13-14). Aqueles que são convertidos verdadeiramente a Cristo são chamados santos (1 Coríntios 1:2; Colossenses 1:1-2).
    Entender o conceito bíblico de igreja como um corpo de pessoas chamadas para fora do pecado, para serem santos, ajuda-nos a apreciar a riqueza da descrição de Paulo, da "Igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue" (Atos 20:28). Jesus não morreu para comprar terra e edifícios, nem para estabelecer alguma instituição. Ele morreu para comprar as almas dos homens e mulheres que estavam mortos no pecado mas que agora têm salvação e esperança de vida eterna (Romanos 5:8; 1 Coríntios 6:19-20). Não esquecendo a grande responsabilidade do “ide”, expressão que representa a vontade de Jesus, ordenança para aqueles que têm o compromisso de ser o sal da terra, e não o sal do céu.

O SENTIDO UNIVERSAL DA IGREJA E O SENTIDO LOCAL
    Algumas vezes a Bíblia usa a palavra "igreja" no sentido universal, isto é, para falar de todo o povo que pertence a Cristo, não importa de onde ele possa ser. Jesus falou da igreja deste modo: "Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16:18). Ele não está falando apenas de uma congregação local, nem está falando de uma organização ou instituição mundial. Ele está falando de pessoas, pedras vivas, construídas sobre Jesus Cristo, a fundação sólida. Paulo falou da igreja, neste mesmo sentido universal, quando escreveu... “Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo" (Efésios 5:23). Jesus é cabeça sobre todos aqueles que o servem, todos aqueles lavados e purificados de seus pecados (Efésios 5:26).
    Freqüentemente, a palavra "igreja" é usada para descrever uma congregação local ou assembléia de santos. Alguns poucos exemplos: "... à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos..." (1 Coríntios 1:2); " E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano" (Mateus 18:17); ".... saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles" (Romanos 16:5). Igrejas locais são o resultado da pregação do evangelho. Quando as pessoas obedecem a palavra e se tornam cristãos, elas começam a se reunir com outros irmãos na fé.

COMPREENDENDO A IGREJA COMO ORGANISMO E NÃO ORGANIZAÇÃO
    A igreja, de fato e comprovadamente é um organismo. Segundo o dicionárioHouaiss, organização é uma associação, entidade. Conquanto para questões jurídicas e formais, a sociedade encerra a igreja nesta definição, sob o ponto de vista bíblico, adquiriu uma outra conotação: organismo. À luz do mesmo dicionário, o organismo se diferencia da organização ao significar também: “Conjunto de órgãos de um ser vivo.” Muitas pessoas têm a noção errada de que a igreja é uma organização ou instituição, independente do povo que compõe a igreja. Jesus não morreu para estabelecer uma instituição, mas para salvar o povo do pecado: “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com o seu próprio sangue.” (Atos 20:28). Jesus e o Pai não habitam numa organização, mas no povo que os obedece, conforme declara no evangelho de João, 14:23.
    Em vez de falar de uma organização, a Bíblia descreve a igreja como um corpo composto de membros vivos: “Porque assim como um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.” (Romanos 12:4-5); “Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular (1 Coríntios 12:27); “Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja”. (Colossenses 1:24).
    Paulo descreve a igreja como "um só corpo em Cristo" (Rm 12.5) e "seu corpo" (Ef 1.23). Em outras palavras, a igreja encerra numa comunhão única de vida divina todos os que são unidos a Cristo pelo Espírito Santo mediante a fé. Esses participam da ressurreição  (Rm 6.8), e são a um tempo chamados e capacitados  para continuar seu ministério de servir e sofrer para abençoar a outros (1Co 12.14-26). Estão ligados numa comunidade que personifica o reino de Deus no mundo.

A VISÃO SOCIOLÓGICA DAS BEM-AVENTURANÇAS
    O verdadeiro cristão é desafiado a influenciar a sociedade através das ações.
    Visto que a Sociologia é uma ciência que se ocupa dos assuntos sociais e políticos, especialmente da origem e desenvolvimento das sociedades humanas em geral e de cada uma em particular, é de suma importância a questão do relacionamento entre as classes para a busca do bem comum, sob o prisma cristão.    
    Observamos a diferença dos ensinos apresentados no sermão da montanha com os meios pelos quais a sociedade busca para trazer realização ao indivíduo, sobretudo através da competitividade e das regras de condutas. Segundo a definição de Augusto Comte, Sociologia é “O conjunto das ciências que tratam do homem na sociedade, isto é, sob o aspecto moral, jurídico, político, econômico etc.”. Diferentemente do pensamento de Aristóteles que concluiu ser quase impossível alcançar uma vida plena e feliz, Cristo, por outro lado, declarou que a vida abençoada era para todos. Jesus não lidava apenas com os poucos anos que as pessoas têm à disposição nesta terra, com suas desigualdades de oportunidades e de desvantagens, mas, sim, com o destino humano inteiro.

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; (Mt 5.3).

    Certamente a pobreza não é virtude por si só. Somente aqueles que, assim como Jesus, conseguem ficar felizes independentemente das coisas materiais, têm condições de receber as verdadeiras riquezas. Nos dias atuais existe um ímpeto universal para acumular riquezas. Em sua afirmativa, Cristo declara o risco que muitos incorrem de, ao invés de possuir o dinheiro, o ser possuído pelo dinheiro.Entretanto, a pobreza de espírito está além da ausência de posses, neste sentido se aproxima da simplicidade e do contentamento.

Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados (Mt 5.4).

    É louvável também chorar pelo nosso próximo. É fácil aproveitarmos nossa posição de bem-estar financeiro para ficarmos longe das tristezas e dores dos outros. Proporcionalmente, ao passarmos a participar dos sofrimentos da sociedade em que vivemos, nos sensibilizando mais com a humanidade, recebemos o consolo da parte de Deus.

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra (Mt 5.5).

    Novamente, o Senhor explica o caráter daqueles que são do Reino de Deus, por meio de contrastar o espírito deles com o do mundo, face a uma sociedade intolerante e agressiva, ele mesmo nos deu exemplo, quando ultrajado não revidava o ultraje.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos (Mt 5.6).     

    Os homens têm fome de altas posições e situações na sociedade. Jesus, porém, falava de outro tipo de fome: de ter fome e sede da justiça.

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia (Mt 5.7).

    “A verdadeira compaixão deve levar à ação eficaz a fim de remover o grande sofrimento humano”. A igreja não pode ficar indiferente. Assim como todos nós queremos ser dignos da misericórdia de Deus, Ele quer também que os outros sejam dignos das nossas misericórdias.

Bem-aventurados os limpos de coração porque eles verão a Deus (Mt 5.8).  

    A salvação que Cristo dá, purifica, antes de mais nada, o nosso coração pela fé. Além da ausência da impureza, é preciso buscar a santidade no sentido global. O apelo sedutor da sociedade às más conversações e a conivência com o pecado atrai até os conhecedores das Escrituras Sagradas, no entanto, o conselho do apóstolo João é: “E a si mesmo se purifica  todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro (I João 3.3).

Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus (Mt 5.9).  

    Cristo é o Príncipe da Paz. Normalmente as pessoas semeiam dissensões e mal-entendidos. Há os que procuram dividir o próprio Corpo de Cristo, se satisfazem com as divisões entre os homens. Visivelmente existe uma falsa paz, uma união falsa, que se baseia em meios-termos com o mundo. Não é essa paz que Cristo veio trazer. A sociedade necessita de verdadeiros pacificadores.

O PODER DA INFLUÊNCIA
    A humanidade descobriu, através do exemplo da reforma, como a bíblia, se praticada tem o poder de impactar toda uma sociedade. O determinado Martinho Lutero praticamente proclamou a liberdade ao mundo moderno, passo agigantado  do progresso humano que se conhece na história. No registro “Breve História do Povo Inglês”, de Green, declara que “nenhuma transformação moral maior já experimentou uma nação do que a experimentada pela Inglaterra na última parte do reinado da Rainha Elisabeth. A Inglaterra veio a ser um povo de um Livro, e esse livro foi a bíblia. Era lida por todas as classes de gentes. E o efeito foi admirável. A tonalidade moral da nação foi mudada.”
    A igreja tem a obrigação de influenciar a sociedade ao que cerne conhecimento da vontade de Deus. Wesley, no século XVIII, pregava a doutrina do testemunho do Espírito e de uma vida santa, ainda que impedido de pregar nas igrejas, pregava nos campos, nas zonas de mineração e esquinas de ruas. Organizou sociedades que pugnavam pela pureza de vida, e levou sua existência, que foi longa, a fiscalizá-las. Geralmente se atribui a esse movimento puritanista de ter salvo a nação de uma revolução.

CONCLUSÃO
    O próprio Senhor Jesus declarou, certa feita, que seus discípulos seriam o sal da terra, e que se o sal perdesse o sabor, de nada valeria. Haja vista, naquela época, os pescadores saberem exatamente a importância do sal, principalmente para conservação do alimento, ainda hoje é imprescindível para dar o gosto. Por mais fraco que tenha sido o desempenho do cristianismo, tem sido o sal que tem preservado o mundo do castigo que merece. Mas, uma vez removida a igreja – o sal da terra – podemos esperar que os juízos divinos caiam em intensidade apocalíptica.
     O que é tão inútil como uma profissão falsa da religião? Nada vale, senão para ser lançada fora e pisoteada debaixo dos pés dos homens.
    No mesmo discurso, Jesus compara os discípulos à luz do mundo: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumiam a todos que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas obras e glorifiquem a vosso pai que está nos céus”(Mt 5.14-16).




BIBLIOGRAFIA:
O ´DELL, Jerry. A Gloriosa Oportunidade da Igreja. Graça Editorial,2001
HALLEY, Henry H., Manual Bíblico. Edições Vida Nova
ALMEIDA, J. Ferreira de. Bíblia Apologética de Estudos. Inst. Cristão de Pesquisas. 2005
LINDSAY, Gordon. A Vida e os Ensinos de Cristo. Ed. Graça Editorial
HOUAISS, Antonio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objetiva 2001
MICHAELIS, Moderno Dicionário da Língua Portuguesa, Seleções Ed. Melhoramentos
Fonte: O Mundo do Novo Testamento - Editora Vida

segunda-feira, 25 de março de 2013

RESGATANDO A ESSÊNCIA DO EVANGELHO




O Evangelho é boas novas ou notícias alvissareiras. O arauto era um representante do rei enviado às províncias para anunciar ao povo as boas novas do reino. O profeta João Batista foi o arauto do Reino de Deus, anunciando uma nova visão e uma nova ética. A mensagem do reino em sua versão mais completa seria entregue pelo próprio rei, que ora vinha também na qualidade de profeta: Jesus de Nazaré. Vemos essa ética até mesmo na ocasião de seu batismo quando João alegou que precisava ser batizado por Ele, todavia, depois de insistir, cedeu aos argumentos do batizando: “Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça”. 


Não é de hoje que a igreja vem sofrendo com as investidas contra a ética e a justiça dentro de seus termos. Isso não só repercute negativamente dentro e fora do cristianismo autêntico como enfraquece as bases das virtudes encontradas na religiosidade chamada evangélica. No decorrer dos anos, a igreja tem sido vítima dos piores ataques contra o evangelho autêntico. Sem recorrermos aos já conhecidos movimentos heréticos históricos, como ebionismo, arianismo, docetismo, gnosticismo,  apolinarianismo, montanismo, entre outros, embora cada um desses movimentos tenha sua importância e contribuição para a apologética, queremos fazer menção aos tempos hodiernos e aos novos paradigmas que solapam o combalido cristianismo atual. 


Uma grande revista cristã em nosso país¹ trouxe uma matéria intrigante sobre a perda da essência do evangelho na Europa e aborda a crise evangélica cristã nos seguintes termos: “O caminho da fé traçado pelos cristãos durante séculos parece abandonado”.  Ao apresentarem a necessidade de uma re-evangelização no velho continente, os editores daquela matéria definiram a tarefa como “colocar as pessoas outra vez na órbita de Cristo”. Contudo, não é tarefa das mais fáceis, posto que o evangelho para quem perdeu a essência não é novo, nem bom. “Não é novo porque o cristianismo já foi experimentado” e “não é bom porque o cristianismo se tornou desnecessário”. Assim, o cristianismo foi comparado a uma mulher divorciada, que enquanto solteira “tinha esperanças, sonhos ideais e aspirações”, porém, divorciada, “sofre de frustrações, lembranças amargas, experiências desagradáveis e apatia” espiritual.


O cristianismo brasileiro caminha a passos largos para o divórcio com Cristo. Já dizia alguém que a apostasia começa no joelho. Somos uma geração que não ora, que não lê as escrituras e que não faz nenhuma reflexão séria e profunda sobre a ética e a essência do evangelho. Os apologistas, defensores da fé e da doutrina cristã, são discriminados e tidos como fanáticos desnecessários e personae non gratae ao mais novo estilo de vida gospel. Embora concordemos com Karl Barth, que dizia que a defesa do evangelho é o próprio evangelho, vemos uma necessidade de resgatar sua essência, posto que o mesmo só possa exercer sua própria defesa onde se prega ou ensina a verdadeira boa nova.


O tempo e o espaço trouxeram consequências e mudanças na visão comprometida do reino.  Visando abrir os olhos dos leitores, apresentamos algumas visões que caracterizam o movimento gospel e expomos nossa humilde colaboração para renovo da fé e prática no seio cristão. 


Visão Antropomórfica


Trazer as pessoas de volta à órbita de Cristo é o árduo desafio da igreja brasileira hodierna, mesmo porque vivemos um cristianismo sem sal, onde o que prevalece é a cultura show-gospel, onde prevalecem as luzes coloridas que tentam ofuscar o brilho de Cristo em nossos cultos e liturgias. O homem deseja ser como Deus desde os primórdios, as criaturas rebeladas aspiram tomar o lugar do criador mesmo antes que houvesse existência humana na terra e criam para si mesmos palcos e acendem os holofotes para centralizarem a criatura: o homem, seu instrumento de glória. Pregadores e suas mensagens já não glorificam a Cristo e, de longa data, esqueceram a base cristocêntrica em suas pregações, detendo-se a conceitos puramente humanos e, por vezes diabólicos, destronam Cristo e entronizam seus próprios egos inflados de vanglória. Cantores, tidos como sacros, abandonaram, em seus louvores o eixo da cristologia básica e interpretam canções ocas, vazias de conteúdos e significados bíblicos ou doutrinários. Líderes de ministérios aparecem em fotos exclusivas nas portas de suas denominações e exploram ao máximo suas imagens, levando o povo a associar sua fé ao líder-fundador  (Jo. 6.66-69).


Visão Mercantilista


Nosso cristianismo é como aquela mulher divorciada que perdeu os sonhos e aspirações do primeiro amor e agora, com as experiências desagradáveis do mercantilismo, se vê frustrada e apática espiritualmente. O mercantilismo nas igrejas imergiu uma multidão a um plano secundário de fé, oferecendo prosperidade material e sucesso em curto prazo, os mercantilistas cristãos induzem inúmeros consumidores de seus produtos a uma condição inferior de crença, dissociada de Cristo, e a um plano secundário, adoecendo os que aderem e minando as bases da verdadeira doutrina. Com promessas delirantes de vida melhor no contexto desse mundo, que é lugar de aflição, juram e oferecem conforto e bem estar. Assim, os novos cristãos se apegam aos bem materiais como a coisas mais essenciais e necessárias à sua condição de existência. Associada ao espirito consumista de nosso século, a visão dos mercadores religiosos, convence os crentes a comprarem seus produtos e mensagens, transtornando assim o evangelho e frustrando milhões de consumidores com suas falácias, distorcendo as escrituras (Gl. 1.6-9) e afastando-os do genuíno, puro e simples evangelho de Jesus Cristo. O evangelho virou negócio e domínio de poucos (II Pd.2.3) .


Visão Imperialista

O mais novo empreendimento e “conquista” dos novos visionários evangélicos, que estão ascendendo, ao poder é a expansão de seus próprios reinos ou negócios, muito mais que o Reino de Deus. Pasmem os leitores, mas os novos mandatários do poder gospel descobriram uma fórmula ou uma forma de evangelizar inédita e inaudita: comprar igrejas com porteiras fechadas. Aliás, nada é tão novo assim, pois essa prática, já de longa data, é muito comum entre empresários do agronegócio, fazendeiros e latifundiários. Comprar uma igreja com porteira fechada significa comprá-la com tudo o que tem dentro: prédios, cadeiras, aparelhagem de som e, claro, os crentes, com sua capacidade de receita (leiam-se dízimos e ofertas).  Desse modo, alegando fazer missões, justificam o “crescimento” de seus ministérios e podem pedir mais dinheiro aos investidores, patrocinadores ou parceiros para ampliação e expansão de sua visão única, concedida por Deus somente a eles. Movidos por uma espiritualidade jamais vista, tais homens alegam ser pessoas especiais, chamadas por Deus para promoverem uma revolução e utilizam-se do evangelho para aliciar adeptos incautos com seus discursos atrativos. Quem não se lembra de uma letra poética e crítica de denúncia social que varreu o Brasil no final dos anos 70: “Êh, vida de gado, povo marcado, êh, povo feliz”. Assim, o povo de Deus tem sido tratado como massa de manobra e defesa de direitos imperialistas religiosos (I Pd. 5.2,3).

Pelo Resgate do Evangelho

Urge a necessidade de mudança, ou melhor, de um retorno ao verdadeiro cristianismo. Faz-se necessário uma reforma para além da Reforma Protestante, uma vez que necessitamos de uma reforma eclesiológica que venha atender as aspirações do coração de Deus nas escrituras e restabelecer as bases da verdadeira doutrina cristã, desprezada pelos cristãos brasileiros, onde Cristo seja o centro de nossas vidas, cultos e liturgia. Assim como os europeus e em outras nações espalhadas pelo mundo, corremos o risco de vivermos frustrados, posto que, divorciados da essência, seríamos apáticos espiritualmente e adoecidos na práxis cristã.  Os líderes do chamado movimento neopentecostal, a teologia da prosperidade, a confissão positiva e a visão deturpada do G12, entre outros, são os culpados diretos e têm contribuído para o desvio doutrinário e litúrgico em nossas igrejas.  Há necessidade de um choque pelo evangelho genuíno, pela pregação cristocêntrica, pela hinódia inspirada nas páginas da Bíblia, pela ética cristã; de uma ruptura com conceitos equivocados e práticas inadequadas da fé pela fé, por exemplo, e um retorno imediato à pureza e simplicidade que há na Pessoa de Cristo e em Suas palavras e Ensinamentos.
 
Que Deus tenha misericórdia da igreja no Brasil e levante vozes como a de João Batista com uma nova proposta de Reino, que na realidade é a mesma que sempre esteve no coração do Pai e faça nascerem precussores de uma nova reforma nos quatro cantos de nosso país, visando a volta aos princípios da Palavra. Envie obreiros comprometidos com a Verdade e estabeleça pregadores que preguem a Cruz. Que nosso hinário se debruce sobre a cristologia e que os líderes abandonem a prática mercantilista e imperialista a fim de vivermos o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo: “Poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm. 1.16).
¹ http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/337/a-europa-se-perdeu-e-precisa-de-jesus

domingo, 10 de março de 2013

Deus sabe de nossas situações, ouve nossas orações e observa nossos caminhos. Mas ele tem algo melhor. Ele tem solução.

(II SAMUEL 5.16) Elisama, e Eliadá e Elifelete.

Elisama, Eliada e Elifelete são nos nomes de 3 filhos de Davi. O que me chama atenção é que estes nomes como qualquer outro nome, tem um significado em específico.

Geralmente, nomes podem ter três tipos de importância:

a- Homenagear alguém, alguma situação ou momento. Imagino que Judas teve esta situação, pois alguns anos antes de seu nascimento, houve um grande acontecimento no meio do povo Judeu, onde um herói, Judas Macabeu, lutou pelo povo de Irsrael. Talvez a mãe de Judas Iscariotes o quis homenagear, mas a homenagem foi jogada por terra graças as atitudes deste seu filho.

b- Abençoar uma vida, através de uma "palavra profética". Quando damos nomes a uma pessoa muitas vezes pensamos no que queremos que aconteça com essa pessoa, confiando na influência dada por seu nome. O próprio Deus age desta maneira, mudando o nome de vários personagens bíblicos, começando assim a mudar também o caráter do mesmo. Entenda-se que o nome não tem poder, e sim o entendimento que temos a respeito de seu significado.

Davi colocou os nomes em seus filhos, homenageando a Deus, e dizendo através destes três nomes, exatamente como Deus age progressivamente na vida de um crente que confia nEle.

Elisama, Eliada e Elifelete são nomes originários do hebraico, e tem significados importantes que certamente acontecem em nossas vidas. Nesta mensagem, compararei estes três nomes e seus significados com a vida de um personagem bíblico Elias, porém devemos comparar estes nomes e seus significados com a NOSSA VIDA. Certamente esta mensagem vai de encontro ao seu coração!

Estudaremos a vida de Elias, no momento citado em 1 Reis 19.

Após um poderoso confronto com 450 profetas do diabo, Elias venceu a batalha, através do Poder de Deus ele fez chover fogo do céu, consumindo um holocausto. Isso causou desmerecimento dos 450 profetas do diabo, e uma grande carnificina. Todos eles foram mortos a fio da espada.
Após vencer 450 profetas do diabo, Elias passa a ser perseguido por Zezabel (Esposa do Rei Acabe). (Detalhes sobre Acabe e Jezabel - ver 1 Rs 29-34.

O que acontece com Elias a partir deste momente está escrito em 1 Reis 19, vamos analizar onde este texto se encaixa com os 3 nomes dos filhos de Davi:

1- Elisama (significa Deus ouve)

Antes de mais nada, Deus quer ouvir o nosso clamor, nossa oração e nosso desabafo. Assim Deus agiu com Elias, e age com quem o busca.

- Deus ouve nossas palavras inpulsivas e rebeldes. 1 Rs 19.4b
- Deus ouve nossas queixas, quando estamos na caverna. 1 Rs 19.9.10
- Deus volta a nos ouvir, quando tomamos uma posição correta diante dele. 1 Rs 13,14.
Aqui vemos Elias:
- aceitando ouvir Deus em uma brisa.
- envolvendo seu rosto como reverencia.
- saiu da caverna com suas próprias pernas.

Deus ouve nossos momentos bons e maus, corretos e errados. Esta parte de nossas vidas podemos "convencer" a Deus para nos abençoar, ou decretar o fim de nossas palavas. Imaginem o que aconteceria com Elias se Deus ouvisse seu pedido de morte! Pelo contrário, você que conhece a história... Elias até hoje não morreu!!!!!!

2- Eliada (significa Deus conhece)

Durante esta caminhada dificil de Elias, além de Deus estar ouvindo sua oração, Deus estava também observando suas atitudes. Deus sonda e conhece o fundo de nosso coração, e Seus olhos estão voltados para nós, observando cada momento de nossa vida. Enquanto Deus nos conhece, nos observa, muitas vezes não vemos resultados, mas eles serão vistos por nós no tempo certo, determinado por Deus. Vamos ver como Deus \'conheceu" Elias:

- Deus conhece nossos momentos de fraqueza, e nos fortalece. 1 Rs 19.5,6.
- Deus conhece nossa falta de propósitos, e nos dá metas e incentivo. 1 Rs 19.7,8.
- Deus conhece os momentos em que estamos em cavernas, e nos permite falar com Ele. 1 Rs 19.9,10.
- Deus conhece nosso futuro e a solução do problema bem mais do que nós. 1 Rs 19.18.

Entender que Deus conhece nos trás confiança e coragem, pra mesmo na caverna e nos momentos de silêncio, Deus está conosco.

3- Elifelete (significa Deus faz)

Deus sabe de nossas situações, ouve nossas orações e observa nossos caminhos. Mas ele tem algo melhor. Ele tem solução. Após um momento de provas, ele finalmente mostra o que nós já sabemos bem. Ele é Deus de vitória, e está sempre pronto a nos abençoar. Observe como ele abençoou Elias:

- Deus tira os nossos inimigos dos cargos de autoridade, e coloca neste lugar os seus ungidos. Hazael substituiu Ben Hadade, um rei extremamente mal. 1 Rs 19.15b.
- Deus elimina nossos perseguidores. Acabe foi substituído por um novo rei, Jeú. 1 Rs 19.16a.
- Deus nos dá substitutos, para nos tirar a sobrecarga. Eliseu substituiu Elias. 1 Rs 19.16b.
- Deus nos mostra uma multidão de separados, que oram e trabalham ao nosso lado. 1 Rs 19.18


Conclusão:


Que você possa entender os 3 tempos de Deus diante de nossa vida. Espere em Deus, ore constantemente, e saiba que no momento certo ele mostrará a sua provisão


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Oratória


“ORATÓRIA”
A DINÂMICA DA COMUNICAÇÃO
(para professores e pregadores)

A) A DINÂMICA DA COMUNICAÇÃO:
 
Houve ocasião em sua vida em que você se dava muito bem com alguém. Talvez esse alguém foi um amigo, um namorado ou namorada ou até mesmo um parente. Imagine você vivendo novamente essa ocasião e pense o que havia de tão especial naquela pessoa para que tudo fosse harmonioso.
Provavelmente, você vai dizer que pensávamos da mesma forma, gostávamos das mesmas coisas, dos mesmos filmes, dos mesmos livros, das mesmas musicas, até o modo de falar, de sentar, etc.
A verdade é que vocês tinham entre si, um elemento básico que se chama sintonia ou harmonia. Isto é a habilidade de penetrar no mundo da outra pessoa e fazer com que ela sinta que você a entende e que tem um vinculo comum. É a perfeita comunicação. Vocês se comunicavam de varias formas, com harmonia na troca de informações.
A comunicação entre as pessoas ocorre por meio de palavras, embora estudos mostram que apenas 7% das comunicações entre as pessoas ocorram por palavras em si. 38% da comunicação se dá através do tom de voz, e 58% da comunicação entre as pessoas se fazem através da fisionomia ou linguagem do corpo. A expressão facial, os gestos e os movimentos das pessoas define muito mais o que elas estão dizendo do que as palavras em si. Repare por exemplo, num humorista famoso, com algumas palavras consegue fazer o publico rir.
Vamos ver o que acontece quando alguém está em sintonia com outra pessoa: Se uma cruza os braços, a outra também cruza, se uma passa a mão no cabelo a outra também passa. E assim por diante, um procura imitar o outro.
Quando estamos em sintonia com alguém, estamos descobrindo coisas em comum, esse processo chama-se espelhagem.
Enquanto as palavras são captadas pelo consciente da mente da pessoa, a fisiologia está sendo captada no inconsciente, e é lá que o cérebro trabalha e pensa assim: essa pessoa é igualzinha a mim, que bom, ela é 10. E assim gera uma grande atração.
Se você quiser entrar em sintonia com alguém, comece então a observar e a espelhar o tom de voz, a velocidade com que ela fala, a pausa, as palavras, capte as frases favoritas dela, imite a postura, os gestos, a expressão facial, até mesmo a forma de respirar dela. Pode até parecer absurdo, mas é assim mesmo que funciona o processo de sintonia.
Há muitas particularidades numa espelhagem. Existem três sistemas representativos básicos que temos que observar.
 
SISTEMA AUDITIVO, SISTEMA VISUAL E SISTEMA SINESTÉSICO.
 
A maioria das pessoas tem fortes preferências para o sistema a qual tem maior tendência. Uma vez, se você descobrir qual sistema e mais desenvolvido, na pessoa que você está tentando se comunicar, você estará simplificando radicalmente o caminho para ter uma boa sintonia com ela.
 
Vamos ver como isso funciona nas pessoas:
 
Sistema Auditivo - Pessoas auditivas compreende melhor o mundo através do ouvido, são mais seletivas sobre as palavras que usam, porque as palavras significam muito para elas, porisso é cuidadoso no que diz, elas prestam muita atenção naquilo que ouvem. É possível identifica-la pela maneira que falam, normalmente elas usam frases assim: “isto que você diz, não soa bem”. “Diga-me alto e em bom tom”. Essas pessoas falam modularmente, nítida e ressonante. Os gestos caracteriscos são cruzar as mãos ou os braços.
 
Sistema Visual - Pessoas visuais, compreende melhor o mundo através daquilo que vê, através de imagens, e usam frases assim: ”É assim que vejo isto”, “Eu vejo o seu ponto de vista”. A fala é sempre rápida em tom alto e agudo as vezes forçada, porque elas tentam por palavras a imagem, tem tendência a falar por metáforas, usam bastante os dedos para indicar.
 
Sistema Sinestésico - As pessoas sinestésicas não vê e nem ouve o mundo apenas sentem o mundo. Reagem a sensações. Suas frases caracteristas são: “Eu senti bastante o que você disse”. Não senti firmeza naquelas palavras. Essas pessoas falam num tempo lento, às vezes com longas pausas e num tom baixo e profundo. Seu gesto característico e o tato com as coisas ou pessoas.
Existem inúmeras sugestões, e isto variam de pessoas para pessoas, porisso e preciso fazer uma observação minuciosa, e se você conhecer o principal sistema representativo de alguém estará no caminho certo para entrar no mundo dela.
Agora imagine você tentando convencer a alguém a fazer alguma coisa e ela está num sistema representativo auditivo e você diz a ela: Veja como isso é muito belo, e você fala muito rápido e estridente. É bem provável que você não consiga convece-la.
As pessoas normalmente usam os três sistemas representativos e a forma correta de entrar em sintonia é usar sempre os três sistemas, mas concentrando-se naquela em que se destaca na pessoa. 
Vamos ver qual o seu sistema representativo predominante;
Assinale a alternativa que mais lhe convém e depois siga as instruções no final.


1- Gosto mais de realizar as coisas [O1] :
A) por escrito
B) oralmente
C) realizando tarefas
2 - Eu adoro ganhar presente que seja:
A) bonito
B) sonoro
B) útil
3- Eu sempre lembro nas pessoas:
A) a fisionomia
B) a voz
C) os gestos
4- lembrar um filme, as primeiras coisas que vêm a mente são:
A) as cenas
B) os diálogos
C) as sensações
5- Na maioria das situações eu prefiro:
A) observar
B) ouvir
C) fazer
6- A atividade que mais me interessa:
A) fotografia,
B) musica
C) dança
7- Tenho mais facilidade em aprender:
A) lendo
B) ouvindo
C) fazendo
8- Tenho muito prazer em:
A) ir ao cinema
B) assistir uma palestra
C) praticar esporte
9- Eu não suporto:
A) claridade
B) barulho
C) aglomeração de pessoas
10- quando estou confortando alguém:
A) mostro um caminho
B) digo uma palavra de conforto
C) abraço a pessoa
11- As minhas decisões são sempre com base:
A) no que vejo
B) no que ouço
C) no que sinto
12- Fico mais interessado quando:
A) me mostram
b) me falam
c) me convidam para participar
13- Quando vou a compra:
A) procuro olhar bem o produto
B) procuro ouvir o vendedor
C) procuro experimentar
14- Quando estou aguardando alguém:
A) observo o ambiente
B) presto atenção nas conversas
C) fico andando ou mexendo nas coisas.
15- O carro do meu sonho é
A) bonito
B) silencioso
C) confortável
16- Numa apresentação o que me atrai é:
A) a iluminação
B) as musicas
C) a interpretação
17- Eu sei quando alguém gosta de mim:
A) pelo jeito de me olhar
B) pelo jeito de me falar
c) pelas suas atitudes
18- O que mais aprecio num restaurante:
A) o ambiente
B) a conversa
C) a comida
19- O que mais admiro nas pessoas:
A) a aparência
B) o que elas dizem
C) o que elas fazem
20- Nas minhas ferias eu prefiro:
A) conhecer novos lugares
B) descansar
C) participar de atividades


 

Agora some quantas vezes você assinalou cada alternativa, preenchendo o espaço correspondente e multiplique por cinco conforme o esquema abaixo:

 

A ..............x  5 = .......... %  (visual)

B ..............x  5 = .......... %   ( auditivo)

C ..............x  5 = .......... %   ( cinestésico)

 

 

 

 

Qual é o predominante?................................

 O ideal é haver o equilíbrio dos sistemas representativo.

Se no seu teste há  disparidade acentuada de um sistema para o outro, é bom trabalhar mais  no  seu sistema menos desenvolvido.

 

 


B) A ORATÓRIA

 

Oratória: é em resumo, a arte de se falar em público.

Retórica: A arte de bem falar. Conjunto de regras relativas à eloqüência.

Eloqüência: A força de dizer. A faculdade de dominar por meios das palavras o animo de quem ouve. Talento de convencer. Deleitar ou comover. Arte de bem falar.

Homilética: A arte de pregar sermões religiosos.

Orador: Pessoas que discursam bem em publico, que tem o dom da palavra, pessoas eloqüente.

Discurso: Disposição metódica sobre certo assunto. Reprodução de palavras de alguém nos termos exatos na terceira pessoa.

A Oratória dinâmica visa despertar a rapidez na emissão de mensagens; com direcionamento lógico e preciso das informações que pretendemos levar a um grupo de pessoas, agindo com persuasão homogêneas.

Na Antigüidade houve, dois grandes oradores. Um foi Cícero, o outro Demóstenes. Quando Cícero falava, as pessoas aplaudiam e elogiavam: “Que grande discurso!” Quando Demóstenes terminava, o povo dizia: “Marchemos!” Esta é a diferença entre apresentar um discurso e persuadir.

O sucesso da oratória consiste na eficácia da persuasão. Envolver o publico.

Algumas pessoas acreditam que é inconveniente ter o controle da persuasão. Mas no mundo em que vivemos, a persuasão e um fato pertinente. Há sempre alguém persuadindo alguém. Ou você persuade ou é persuadido.

Nos dias de hoje, são muitos os mecanismos poderosos para persuasão em massa. Isto significa, mais pessoas bebendo Coca Cola, mais pessoas comprando carro novo, mais dona de casa usando Bom Bril, porque tem “mil e uma utilidades.”

Estamos constantemente rodeados por pessoas com tecnologia, know how para nos persuadir a fazer ou comprar alguma coisa. Muitas dessas pessoas gastam bastante dinheiro para persuadir através da propaganda.

Observe que uma boa propaganda, campanha política, ou apelo, usam de imagens e sons que atraiam e afetam nossos três sistemas representativos que são o auditivo, visual e sinestésico.

O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO

Pesquisas mostram que, nos EUA, o medo de se falar em público é maior do que o medo de morrer. Este medo ( caracterizado pelo famoso "frio na barriga" ), é um dos maiores inimigos do professor da EBD e pregadores.

QUAIS AS CAUSAS DO MEDO DE SE FALAR EM PÚBLICO?

a.     Traumas infantis - é uma das causas mais comuns entre os professores. Geralmente, este trauma surge de "apresentações improvisadas" dentro das salas de aula de ensino infantil. Lembra-se daquela professora que lhe obrigou a recitar um texto na frente da sala naquele dia traumático ( e que você tremeu mais que vara verde! )? Pois é, profissionais assim são responsáveis pela maioria dos casos de traumas de se falar em público.

b.    Desconhecimento da matéria - o total, ou parcial, despreparo na matéria da qual falamos nos gera insegurança: temos medo de que alguém faça uma pergunta acerca de um tópico do qual não estudamos bem.

c.     Insegurança - o medo de se expressar e não Ter o resultado desejado pode estar "minando" o seu potencial criativo.

 

COMO CONTROLAR O MEDO?

 

Certo orador famoso falou que "nenhum curso ensina como perder o medo de se falar em público. O que pode ser aprendido é como dominar o nosso medo". O que passaremos agora são recomendações úteis para se controlar o medo.

 

1.     Controle seu nervosismo - não alimente a chama do seu nervosismo. Roer unhas, colocar as mãos no bolso, mexer os dedos, etc. - são atos que alimentam o nosso nervosismo. Evite-os.

2.     Quando o medo aparecer encare-o normalmente - quando os sintomas do medo aparecer em você (suor, empalidecimento, tremores, etc.) encare-os como algo comum.

Todos os grandes oradores que você admira passam pelas mesmas situações que você; só que com uma diferença: eles aprenderam a controlar o medo.

 

3.     Tenha uma atitude correta - os psicólogos falam que o "corpo fala"; geralmente esta linguagem é estampada em nossos corpos através de gestos. Normalmente os nossos gestos são inconscientes e as pessoas observam isto. Nossos gestos mostram o que se passa em nosso íntimo. Portanto, quando for dar uma aula, ou preleção, apresente-se de uma maneira que passe segurança a quem lhe ver.

Tenha passos firmes e tranqüilos. Isto passará para o auditório uma imagem positiva ao seu respeito.

4.     Saiba o que falar - faça um propósito de sempre falar do que você tem certeza ou domina bem. Como vimos anteriormente, o desconhecimento da matéria é uma das causas do medo. Portanto, negue-se a falar o que você não sabe.

5.     Não adquira "vícios de orador" - Mãos no bolso, segurar canetas, segurar revistas, segurar livros, etc. Estes são algum “alivia-medo" mais comuns nos meios pedagógicos. Estes "vícios" em nada ajudam em controlar o nervosismo. Por isso, evite-os; pois poderá cansar o auditório.

Cuidado com os vícios de linguagem ( né, ta, viu, etc.)

6.     Chame a sua voz com a respiração – Antes de falar é ideal fazer um relaxamento dos ombros, cabeça e pescoço. 

Para passar do silêncio para o som, as cordas vocais estarão se aproximando para realizarem uma vibração, por isso, comece a falar com cuidado, suavemente, para não depender demasiada força.

O nervosismo deixa a voz enroscada na garganta e cada frase é pronunciada com dificuldade, aumentando assim a intranqüilidade de quem fala. Tossir, pigarrear, além de ser desagradável aos ouvidos de quem ouve não resolve o problema, pelo contrário, pode agrava-lo. Se ocorrer um desequilíbrio na voz, durante a aula, chame a sua voz respirando profundamente e ficando tranqüilo.

7.     Pratique - O medo de se falar em público só é controlado quando praticamos. Com o tempo você fará tudo automaticamente. Não se preocupe se hoje você não fez "grandes coisas". Amanhã pode ser o seu dia. Lembre-se: todos aqueles que você admira falar, já passaram pelo que você passa.

8.     Lembre-se - Quando se postar diante de uma platéia lembre-se destas técnicas e de que você não deve nada a ninguém. A melhor recompensa que um orador pode receber é a atenção que os ouvintes podem lhe dar.

9.     Observar as pessoas - a fim de definir o assunto de interesse delas.

10.  Desperte o interesse - Sempre despertar o interesse e a curiosidade do publico a fim de fugir da oratória maçante.

 

Observe o comportamento do auditório, pois este serve de base para avaliação do desenvolvimento e recepção do sermão.

O olhar, os braços, a expressão facial, a postura do ouvinte são elementos que nos falam e transmitem mensagens em códigos que  quando bem captadas lhe dá uma visão geral de seu desempenho e do andamento da pregação. Assim poderá  se adequar ao momento e até mesmo dar um outro rumo em sua pronunciação.

 

O CINCO "NÃOS" DE UM BOM PROFESSOR/PREGADOR

1.     Não peça desculpas ao auditório - geralmente estas desculpas são duas: problemas de saúde e desconhecimento da matéria. Se você fizer isto passará uma mensagem negativa para a platéia que não o ouvirá com "bons ouvidos".

2.     Não conte piadas - contar piadas fora do contexto da palestra é prejudicial. Poderá causar risos, mas, e depois? Nunca use a piada para "dar graça" a sua matéria.

3.     Não comece sua aula com palavras vazias que demonstram falta de objetividade - palavras como: bem, bom, aí e então, não possuem nenhum significado e ficam soltas, dificultando a conquista do auditório. Evite usar a palavra não, talvez, pode ser, não tenho certeza.

Use as palavras corretas para convencer e nunca dar margens para indecisão.

 

4.     Não firme posição em assuntos polêmicos - o bom professor deve ser imparcial. Ao tomar posição em um assunto polêmico (divórcio, drogas, aborto, etc.) o professor corre o risco de perder a simpatia de boa parte da sala. O professor deve levar a cada aluno a tirar suas próprias conclusões.

5.     Não usar chavões ou frases vulgares - Chavões do tipo "oh! Glória!”, "tá amarrado!", etc. Colocam a sua pessoa como um simples imitador. Todo bom professor tem o seu próprio estilo.

O QUE TODO BOM PROFESSOR FAZ

1.     Ele aproveita as circunstâncias - todo bom professor sabe aproveitar bem o tempo ( o relógio é o seu melhor amigo ), o lugar ( o espaço físico deve ser observado pelo professor evitando transtornos durante a aula), e a matéria ( o bom professor aproveita todas as informações que a matéria pode lhe passar.)

2.     Ele dá uma informação que causa impacto no auditório - o bom professor procura, na matéria a ser dada, um fato que seja do desconhecimento do auditório. Todo aluno gosta de ouvir coisa nova.

3.     Ele explica tudo - desde termos simplórios, até definições teológicas. Nunca espere que seus alunos saibam o que você sabe.

4.     Ele elogia o auditório - os melhores professores são aqueles que elogiam os alunos. Faça o mesmo.

5.     Ele promete brevidade - nenhum aluno gosta de professores maçantes. O professor deve ser direto.

6.     Ele levanta reflexões - como professor você não deve pescar para o seu aluno. Você deve ensinar ao aluno como pescar. Ensinar não é tirar responsabilidades; é dar responsabilidade. Leve seu aluno a ter opinião própria. Porém, não transfira problemas para os participantes, sem fornecer-lhes alternativas.

7.     Ele demonstra total conhecimento da matéria dada - isto cativa qualquer auditório e controla qualquer medo. Se sei, porque temer?

 

PERGUNTAS BÁSICAS SOBRE TÉCNICAS DE ORATÓRIA

 

a.     Como se usa o microfone?

 

não toque no fio;

não bata nem limpe o microfone diante do público;

não comente nada, com ninguém, próximo ao microfone;

antes de começar a falar regule bem o microfone;

analise qual à distância que você deve falar do microfone. Aconselhamos uns 30 centímetros;

deixe o auditório ver o seu rosto. Deixe o microfone uns dois centímetros abaixo do queixo;

ao falar não segure no pedestal e fale sempre olhando sobre o microfone;

não grite;

se precisar segurar o microfone na mão evite gritar. Segure o microfone com a mesma distância que começou a aula.

b.    Quando houver uma pergunta da qual não sei a resposta?

se a pessoa que perguntou "tem cara" de que sabe a resposta, devolva a pergunta para ele.

Pode-se "jogar" a pergunta para o grupo;

Evite dizer que não sabe a resposta. Isto enfraquece a sua reputação.

c.     E quando os alunos conversam durante a aula?

fale um pouco mais baixo do que eles. Isto chamará a atenção deles;

fale olhando na direção de quem conversa;

pare de falar;

peça que se cale;

retire-se da sala ou sente-se.

Faça uma pergunta ao conversador.

d.    Como usar o quadro negro?

enquanto escrever não pare de falar;

não fique na frente do quadro enquanto estiver escrevendo;

escreva com um bom tamanho de letra. Nunca de as costas para o publico. Isto demonstra indiferença, e arrogância.

e.     E se eu for convidado para dar uma aula de improviso?

A resposta é simples: não vá.

f.      Como manter o auditório acordado?

Observe o comportamento do auditório, pois este serve de base para avaliação do desenvolvimento e recepção do sermão.

O olhar, os braços, a expressão facial, a postura do ouvinte são elementos que nos falam e transmitem mensagens em códigos que  quando bem captadas lhe dá uma visão geral de seu desempenho e do andamento da pregação. Assim poderá se adequar ao momento e até mesmo dar um outro rumo em sua pronunciação.

Note exemplo de uma pessoa que como um todo, oferece grande resistência;

·         As pernas presas aos pés da cadeira revela que a pessoa está segura em sua posição e não abre mão do seu ponto de vista;

·         Os braços cruzados indicam resistência,  proteção ou dúvida;

·         O rosto mostra que a pessoa não te olha nos olhos, desinteresse, receio, acanhamento ou medo;

·         Os olhos indicam desconfiança.

É importante destacar que estas posições nem sempre acontecerão ao mesmo tempo.

Há casos que somente alguns destes elementos estarão presentes. O pregador deve estar atento ao comportamento geral dos ouvintes.

Em grandes auditórios, com muitos ouvintes, não se pode observar características isoladas, mas o todo.

·         Quando muitos ouvintes estão folheando a bíblia ou outras literaturas podem estar procurando algo mais interessante ou importante, para eles, do que ouvir a mensagem;

·         Conversação geral é desinteresse ou cansaço psicológico da congregação;

·         Movimentos constantes com o corpo, bem como levantar-se a todo momento,  é sinal de cansaço físico pelo tempo da programação;

·         A forma como estão sentados (postura).

Obtenha sempre uma resposta do público.

 

Use desses recursos:

Sinestesia - pressão, a intensidade da evolução da oratória.

Perceba o comportamento do publico. Use os sistemas representativos.

Temperatura - temperamento da oratória. Nível de agressividade, da emoção, do humor.

Textura - Contagiar o publico. Ir buscar, pegar o publico. Use o senso de humor e alegria.

Faça transparecer se seguro, forte, e confiante com muita fé, no que estiver transmitindo, a fim de contagiar o publico e conquistar o Carisma.

Movimente-se com moderação.

Use várias tonalidades de voz:

Intensidade: Cuidado para não usar a intensidade de forma inadequada.  Ex.: Falar excessivamente alto em situações onde não é exigido este esforço como, ao telefone ou com uma só pessoa.

Leia uma lista de palavras ou texto com voz suave, como quem não quer acordar ninguém. Fale, mas não sussurre.

Altura: Classifica-se em grave, média e aguda. Devemos empregar o registro médio para falar. As vozes bem impostadas não apresentam diferenças de timbre na passagem de um registro para o outro.

Fale a seqüência de dias da semana prolongando a última vogal. Ex.: Segunda, a,a,a,.. Observe o tom que você emitiu e tente gravá-lo na memória.

Timbre: É a melodia da voz. O timbre é proporcionado pelo sistema de resistência e depende das qualidades físicas do falante.

Ritmo: Movimentos com sucessão regular de sons fortes com relação a elementos fracos.

É pela observação do ritmo da respiração e identificação com a pulsação que se pode obter uma harmonia adequada, tanto ao movimento como a fala.

Inflexões: As inflexões são ondulações da voz que se elevam ou se abaixam, quando expressamos o nosso pensamento.

Toda frase falada descreve uma curva melódica.

Vejamos “Bom dia!” pronunciado com várias modulações:

 

1.Indiferente

2.Natural

3.Atencioso

4.Alegre

5.Surpresa

6.Raiva

 

O pregador precisa saber interpretar e exprimir bem os sentimentos para que sua pregação tenha mais “vida”. Saber expressar o que está escrito no texto e seus próprios sentimentos.

Vamos ao exercício: Procure exprimir com clareza os seguintes sentimentos de acordo com as frases:

vontade – “Hei de vencer, haja o que houver” “Tudo posso naquele que me fortalece”.

alegria – “Como é boa a vida!”.  “Jesus me libertou!”

coragem – “Irei e enfrentarei a situação.”  “Se Deus é por nós quem será contra nós?”

medo – “Estão nos perseguindo”

orgulho – “Consegui uma promoção por bons serviços prestados”

humildade – “Quem sou eu, meu caro amigo”

surpresa – “Tirei em primeiro lugar no concurso”

importante:

 

1.Não fale com muita intensidade, reserve forças para o ponto culminante.

2.Não deixe que a voz caia nas últimas sentenças das palavras.

3.Respire de forma disciplinada

4.Varie a força, a velocidade e o ritmo da voz para não cansar a platéia.

5.Leitura do sermão somente em solenidade ou formaturas especiais.

 

g.    E se eu errar, o que fazer? Devo corrigir ou continuar a aula?

depende do tipo de erro. Se a informação prejudicar o que você está explicando é melhor corrigir. Se foi uma pronúncia errada, que não prejudicará a explicação você deve continuar.

h.    Como devo preparar a minha matéria?

1. Deve-se ver o que se sabe sobre o assunto.

2. Conversar com outras pessoas acerca do assunto.

3. Faça pesquisas. Não se limite à Bíblia.

4. Coloque todas as informações no papel.

5. Distribua as informações dentro do esboço da aula

6. Treine.

i.      Como manter o interesse dos alunos?

Sempre despertar o interesse e a curiosidade do publico a fim de fugir da oratória maçante.

Prepare o seu aluno para aula - cite algo interessante logo no início;

saia um pouco da matéria e aborde um fato bem-humorado, voltando, em seguida, para a matéria.

Demonstre sentimento de prosperidade. As pessoas só acreditam em quem prospera.

j.      E quando der um "branco"?

o "branco" é devido ao excesso de nervosismo, falta de conhecimento profundo e falta de seqüência lógica na apresentação; se ocorrer o "branco" recapitule as últimas informações que você passou para o auditório, de preferência com palavras diferentes.

 

Dicas gerais

1)     Seja positivo

2)     Se prepare para dar a aula.

3)     Chegue cedo, antes dos alunos, para recepcioná-los;

4)         Conheça o lugar onde você vai dar aula. é importante se movimentar antes da aula no local da aula, para evitar futuros "micos".

5)     Sorria.

6)     Cumprimente a todos.

7)     Trate o aluno pelo nome

8)     Olhe sempre nos olhos do aluno quando ele lhe fizer uma pergunta

9)     Gesticule ( sem exagero)

10)  Movimente-se ( sem exagero)

11)  Fale de maneira modulada

12)  Evite apoiar-se em uma perna

13)  Estimule a participação ativa do aluno

14)  Estimule perguntas

15)  Estimule discussões

16)  Use linguagem coerente com o seu grupo

17)  Aprenda a perguntar

18)  Saiba ouvir

19)  Cronometre o seu tempo de aula

20)  Evite interrupções quando o aluno estiver falando

21)  Em uma discussão não se envolva emocionalmente

22)  Tenha contato freqüente com o seu aluno

23)  Escreva para o seu aluno

24)  Tenha um registro particular de cada aluno

 

APRESENTAÇÃO EM PUBLICO

A apresentação pessoal é muito importante. Sua credibilidade está vinculada ao traje. Havia uma propaganda que dizia: O mundo trata melhor quem se veste bem, e isto é uma grande verdade.

Apresentação de paletó e gravata: demonstração de poder.

Apresentação com gravata sem paletó: demonstração de semi poder.

Postura: sempre ereto, cabeça erguida.

E boa aula!!!